30/10/2025
SAÚDE

 

Clínica em Dor: a medicina que escuta o que o corpo sente e os exames não mostram


Dores persistentes, que muitas vezes não aparecem em exames, mas limitam gestos, rotinas e até relações. Essa é a realidade de milhões de pessoas que convivem com a dor crônica — uma condição reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) como uma doença em si, e não apenas um sintoma passageiro.

É justamente nesse ponto que atua o médico especialista em Clínica em Dor, uma área ainda pouco conhecida do grande público, mas que vem ganhando espaço dentro da prática médica. “O papel do médico da dor é cuidar de forma integral. Ele avalia com profundidade, escuta com atenção, propõe estratégias terapêuticas baseadas em evidência e acompanha de perto a evolução do paciente”, explica a professora da pós-graduação em Clínica da Dor da Afya Educação Médica, Juliana Castro. 

Mais do que prescrever, o especialista busca compreender a trajetória do paciente, alguém que, muitas vezes, já percorreu um longo caminho entre consultas, exames e tentativas frustradas de alívio. “O especialista em dor é quem enxerga além da queixa, entendendo a trajetória de quem já viveu muito antes de chegar até ali”, acrescenta.

As dores tratadas vão desde as agudas mal controladas até as crônicas complexas, incluindo dores musculoesqueléticas, neuropáticas, pélvicas, articulares, oncológicas e pós-operatórias. Segundo a professora, o desafio maior está no diagnóstico. “Tratar a dor crônica é uma travessia. Não há atalhos. É preciso reconhecer o contexto de quem vive com dor, mapear suas nuances e propor um plano terapêutico individualizado, seguro e viável”, destaca.

Formação na prática: a experiência da Afya Educação Médica
Na Afya Educação Médica, a formação em Clínica em Dor acontece em ambiente real, com contato direto com pacientes e acompanhamento de procedimentos. “Os alunos participam de atendimentos, realizam infiltrações guiadas por ultrassom, acompanham discussões de casos e percebem de perto o impacto que uma escuta qualificada pode ter na vida de quem sente dor”, explica a professora Juliana Castro. 

O curso prepara o médico para atuar com segurança, visão crítica e tomada de decisão clínica embasada em evidências. “Não se trata apenas de dominar técnicas. Aqui na Afya formanos médicos que entendem a dor como uma experiência complexa e individual”, completa.

Com uma abordagem multidisciplinar, a pós em Clínica em Dor da Afya forma profissionais capacitados para avaliar, intervir e conduzir o paciente com responsabilidade sobre o desfecho do tratamento. “A dor precisa ser olhada de perto, com empatia e conhecimento. É isso que muda a vida de quem sente — e também de quem cuida”, finaliza.

 

piauidobem.com (c) 2017 - Todos os direitos reservados.